“Imortal”, Operário ganha livro sobre seus 100 anos

O Fantasma de Vila Oficinas completou 100 anos nessa temporada. E se as coisas não andaram como se imaginava em campo, nem por isso a apaixonada torcida operariana esqueceu a data. Que o diga o pediatra Ângelo Luiz De Col Defino, alvinegro fanático, que se dispôs a contar a história do imortal Operário, que segue assustando nos campos paranaenses.

Ângelo gentilmente cedeu ao blog o trecho inicial do livro, que está a venda por módicos R$ 50 no site da livraria Portal Sul. “Imortal Operário Ferroviário – As histórias do Fantasma de Vila Oficinas”, traz  um relato histórico fiel do centenário de uma das mais tradicionais equipes do futebol brasileiro. O resgate transcende o Operário e volta até a primeira partida com registro da história do futebol no Paraná, entre Tiro Pontagrossensse e Coritiba, com detalhes, controvérsias e curiosidades são desvendadas através de uma pesquisa histórica minuciosa daqueles dias de outubro de 1909. Mapas, fotos e reportagens de 04 jornais de 1909 resgatam a memória dos pioneiros do futebol paranaense.

Leia e se apaixone um pouquinho você também pelo Fantasma!

“Nascido da classe operária que trabalhava na construção da ferrovia, em 1912, o clube contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento do esporte, mas também influenciou diretamente na formação da identidade cultural do ponta-grossense.

Desde o início do século passado o time já levava mulheres para o estádio, tornando-o espaço de sociabilidade e convivência, sem distinções. O Operário também foi um dos primeiros clubes do Brasil a aceitar jogadores negros desde a sua fundação, o que contribuiu para aumentar sua empatia com a comunidade. O uniforme listrado em preto e branco é uma homenagem à união das raças.

A famosa invencibilidade em vários jogos disputados contra times de outras cidades rendeu ao Alvinegro o apelido de Fantasma. A apaixonada torcida, que enchia os vagões das ferrovias para acompanhar o time nos jogos fora de casa, logo ficou conhecida como “a torcida do trem fantasma”.

A eterna rivalidade com o Guarani Esporte Clube originou verdadeiros clássicos entre as décadas de 1920 e 1960. Os operarianos, chamados de graxeiros, reuniam-se no Bar King, na Rua XV de Novembro, centro de Ponta Grossa. Os bugrinos, chamados de pó-de-arroz, tinham como reduto o Bar Maracanã, que ficava do outro lado da mesma rua. As provocações pela imprensa dias antes dos jogos, carreatas antes das partidas, comemorações após os encontros e charges expostas nas vitrines das lojas comentando os resultados tornavam o Ope-Guá um campeonato à parte.

Nesses 100 anos de atividades muitas foram as dificuldades para dar continuidade às atividades do clube, mas a história alvinegra acabou sendo marcada por uma grande capacidade de resiliência, pela imortal disposição em dar a volta por cima e ressurgir. Os momentos de retomada do futebol alvinegro foram de grande importância para a cidade, despertando um sentimento de união e de conquista entre os ponta-grossenses.

Na segunda parte do livro o leitor vai encontrar o Almanaque do Fantasma. Lá estão registradas as campanhas históricas, times que marcaram época, atletas alvinegros que serviram à Seleção Brasileira, goleadas inesquecíveis, estatísticas e outras curiosidades sobre o centenário clube.

Destacam-se também suas conquistas e títulos com o objetivo maior de valorizar o sentimento de comunidade e reforçar as capacidades de superação e de união de um povo, contribuindo para a construção de um orgulho regional e de uma melhor imagem de si mesmo.

Olê – lê – ô !

O – pe – rá – rio !”

Paraquedismo Free Fly & World Series of Poker

PARAQUEDISMO

A Federação Paranaense de Paraquedismo (Fepar) e a Drago Air promovem nos dias 30 de junho e º de julho o Campeonato Paranaense de Paraquedismo – Modalidade Free Fly Duplas, nas categorias intermediário e pro. O torneio será realizado no Drago Air Centro Sul de Paraquedismo, no Aeroporto Santana, em Ponta Grossa, a 100 km de Curitiba.

Podem participar atletas que estiverem devidamente em dia com a Fepar e possuam acima de 150 saltos. O evento será aberto ao público e a competição começa a partir das 8h30 do sábado (30). O Campeonato Paranaense de Free Fly tem o patrocínio do energético Insano que irá premiar os atletas vencedores com brindes e medalhas as três duplas.

O Free Fly (voo livre) é uma modalidade do paraquedismo em que os atletas realizam manobras em queda livre em diversas posições. É a modalidade mais veloz do paraquedismo em queda livre, onde os atletas chegam a atingir 300km/h. Vence a dupla que fizer o maior número de exercícios durante o salto.

Os saltos são realizados com o avião mais rápido e seguro do mundo para a prática do paraquedismo, o Pilatus Porter PC6, recém adquirido pela Drago Air. Os atletas são lançados a uma altura de 12 mil pés, o equivalente a 4 mil metros. Como é impossível enxergar os exercícios do chão, os juízes avaliam cada salto das duplas pelas imagens feitas por um câmera fly que salta junto com os atletas.

Mais informações e inscrições no site www.dragoair.com.br ou na fanpage www.facebook.com.br/dragoairparaquedismo . O regulamento e as inscrições estão disponíveis no site da Fepar (www.feepar.org.br)

O vídeo abaixo ilustra a modalidade com atletas do Drago Air:

POKER

Tá rolando nos EUA o campeonato mundial de Poker, a WSOP. A modalidade, com muitos adeptos no Brasil, tem seu apogeu na disputa anual em Las Vegas. O custo das inscrições para o evento principal é alto, mas o vídeo abaixo, feito por brasileiros que estão na cidade, indica vários outros torneios acessíveis. Vale conferir:

Abrindo o Jogo – Coluna no Jornal Metro Curitiba de 30/05/2012

O rompante de Vilson

Mexeu com a comunidade esportiva a forte entrevista do presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, após a derrota (2-3) para o Botafogo no último final de semana. Vilson qualificou torcedores como “imbecis” e fez questão de ressaltar que quem manda no Coxa é ele. Pausa. Vilson é um ser humano e como qualquer outro é sujeito a rompantes emocionais. Apesar de generalizar na declaração, o dirigente qualificou de imbecis não à todos os coxas-brancas, mas sim aos que ofendiam a esposa de Jonas (que não jogou nada mesmo), presente nas cadeiras e que saiu em defesa do marido. Seguimos. Não é natural de Vilson Andrade essa postura, de fazer questão de lembrar quem manda no Coritiba. O rompante emocional é justificável, desde que não seja tendência. Governa-se de duas maneiras: ou pelo amor, ou pela dor. Até aqui, Vilson foi paz e amor. O outro caminho existe, mas não creio que seja tomado – muito embora nunca se viu crise no Coxa com ele no comando.

O estádio, história sem fim

À pedido do Paraná Clube, a CBF remarcou o jogo da próxima terça, 05/06, entre Atlético e Ipatinga, da Vila Capanema para o Germano Kruger, em Ponta Grossa. A partida de depois de amanhã, do Atlético contra o Barueri, segue na Vila. O jogo entre Atlético x Goiás, também marcado para a Vila para um sábado, 16/06, agora está indefinido na tabela da CBF. Vamos por partes: o Paraná tem razão em chiar. Jogou ontem na Vila, joga amanhã pela Série Prata contra o Serrano, verá o Atlético jogar contra o Barueri  na sexta e caso a CBF marcasse o jogo contra o Ipatinga pra Vila, o gramado teria que agüentar ainda jogos nos dias 05, 07 e 09 de junho. Não agüenta. E nisso não estou contando nem a imposição absurda por falta de habilidade atleticana na negociação, nem o orgulho besta que permite que o Tricolor rasgue dinheiro.

Autofagia

Fato é que o jogo contra o Goiás, dentro de 19 dias, ainda pode ser na Vila. Quiçá no Couto, em Paranaguá ou em Ponta Grossa. Ninguém sabe. A CBF, creio, irá pensar e pesar caso a caso, uma vez que os clubes de Curitiba, cada qual com seu quinhão de razão, não chegaram a um consenso. É o retrato típico da cidade em que vivemos: pra que construir, se é mais fácil atrapalhar? “A Copa na cidade não presta”, “Aquele ator é curitibano? Desconfiava” ou “Nosso trânsito é um lixo.” Escolha sua linha de raciocínio e admita: o curitibano não sabe progredir em conjunto. Se em cinco anos não houve consenso, não seria durante o campeonato que o Atlético – cuja postura presidencial mais repele que agrega – iria conseguir ser visto como parceiro de um evento benéfico para a cidade. Ah!, Curitiba, tão linda e tão retrógrada.

Copa do Brasil

Preferia que o Coxa jogasse a primeira das semifinais em casa. Mas o que vale é não se assustar com o Morumbi, daqui há 17 dias. Muito menos com o irregular São Paulo.

Paraquedismo em Ponta Grossa

Divulgação a pedido do jornalista Robson Paduan, em incentivo a outros esportes

A empresa Drago Air, em parceria com a Federação Paranaense de Paraquedismo (Fepar), inaugura neste sábado (19), no aeroporto Santana, em Ponta Grossa, o Centro Drago Air de Paraquedismo. A estrutura irá abrigar as principais escolas de Curitiba e Região, com experientes atletas e instrutores, além de contar com uma das melhores e mais seguras aeronaves do mundo para a prática do esporte, o Pilatus Porter PC6.

De acordo com presidente da Fepar, Clausius Sgarbi, o paraquedismo tem crescido no Brasil, tanto como esporte quanto como atividade de lazer para os mais corajosos e aventureiros, e o Paraná é o 2º Estado com o maior número de atletas, atrás apenas do São Paulo. “O paraquedismo vive um bom momento no Brasil e o Paraná é um Estado de forte presença no esporte. Nossos atletas se destacam no cenário nacional e internacional e, a partir de agora, com essa estrutura e a união das escolas envolvidas, o nível irá crescer ainda mais”, afirma.

Outro benefício que o espaço irá trazer é para aqueles que sonham em voar, em fazer um salto duplo de paraquedas ou mesmo de iniciar no esporte como atleta. “Nós fizemos uma parceria com a Insano Energy Drink, uma empresa aqui mesmo do Paraná que apostou no crescimento do esporte. Com isso, trouxemos a melhor e mais segura aeronave do mundo para atender atletas e aqueles que querem fazer um salto duplo”, ressalta o proprietário da Drago Air, Thiago Peretti.

A iniciativa tem o apoio da Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) e irá abrigar as escolas Fly Curitiba, Go Jump e Skull Paraquedismo. O espaço terá, também, área de lazer, lanchonete, além de contar com equipamentos de última geração para treinamento e realização de saltos duplos. “Estamos protagonizando uma nova era do paraquedismo no Paraná e estamos prontos para receber aqui atletas e visitantes de todo o Brasil e do exterior”, finaliza o presidente da Fepar.

O Centro Drago Air de Paraquedismo fica no Aeroporto Santana, em Ponta Grossa, há 100 km de Curitiba. O espaço funciona todos os fins de semana, a partir do próximo sábado (19). Para mais informações acesse http://www.dragoair.com.br ou ligue (41) 3072-7756.

Que beleza de camisa! #22: Operário 100 anos

“Um viva para o pessoal de Ponta Grossa!”

Cem anos não são cem dias, já diria o senso comum. E o centenário do Operário não poderia passar em branco no Que Beleza de Camisa! (agora em edições esporádicas). A musa do extinto Jogo Aberto Paraná novamente abrilhanta a tela do seu computador, agora com a camisa alvinegra: @kellypedrita põe a camisa do Fantasma, para alegria da moçada! “Sempre fui fã do Operário e do pessoal de Ponta Grossa”, me disse Pedrita, com um sorriso maroto.

Que beleza de camisa! #22 Operário Ferroviário Esporte Clube

Quem é? Clube do interior do Paraná, fundado em 01/05/1912.

Já ganhou o que? ~Campeão Paranaense da Série Prata em 1969; Campeão Paranaense Zona Sul em 1961.

Grande ídolo: “A Segunda Divisão molda caráter”, costuma dizer um amigo. No caso do Operário, formou uma geração. O grande time da história do Operário não levantou taça, mas garantiu que o clube não caísse no esquecimento de uma torcida que hoje ajuda o clube a tentar dias melhores. Foi em 1990 que o time abaixo chegou ao 5o lugar da Série B – perdeu a vaga na elite nacional para o Atlético, dentro de um dos grupos classificatórios na semifinal, mesmo sem perder para o campeão Sport Recife, nem para o vice, Atlético:

O time de 1990 representa mais que apenas uma figura para a torcida operariana. É o símbolo de que o clube pode sim estar entre os grandes do Brasil. Relembremos a campanha:

1ª Fase:

Operário 3-0 Juventus-SP
Operário 1-1 Catuense-BA
Central-PE 0-0 Operário
Americano-RJ 1-0 Operário
Operário 3-1 Itaperuna-RJ
Juventus 2-0 Operário
Itaperuna 1-1 Operário
Operário 2-0 Central
Operário 5-1 Americano
Catuense 1-1 Operário

2ª Fase:

Itaperuna 0-1 Operário
Operário 1-0 Remo
Operário 2-1 Sport Recife
Remo 3-1 Operário
Sport Recife 1-1 Operário
Operário 0-0 Itaperuna

3ª Fase:

Operário 1-0 Catuense
Operário 0-0 Criciúma
Atlético 0-0 Operário
Criciúma 5-1 Operário
Catuense 3-1 Operário
Operário 2-1 Atlético

Operário 5º lugar: 26 pts / 22j / 9v / 8e / 5d / 27gp / 22gc / 5sg

Apelido: Fantasma.

Como anda? Foi mal no primeiro turno do Paranaense 2012 e até reagiu no segundo, mas não o suficiente para ficar com uma das vagas na Série D nacional, que disputou ano passado. Na Copa do Brasil deste ano, fez a primeira participação, mas parou na primeira fase, ao perder para o Juventude-RS por 1-4 em casa. Agora terá que se planejar para o próximo ano, já que não tem calendário daqui até janeiro/13, quando recomeça o Paranaense.

Curiosidades: Foi o 3o colocado em média de público presente aos estádios em 2010 e 2011, a frente do Paraná Clube; Sem contar as duas partidas da final do Paranaense 2012, entre Atlético e Coritiba, tem o artilheiro do campeonato atual, Baiano, com 13 gols (Bruno Mineiro, do Atlético, tem 11 e pode fazer dois jogos ainda).


Operário: 100 anos assombrando

*Texto de Felipe Liedmann, repórter da CBN Ponta Grossa, de uma série especial sobre o centenário do Operário.

Um dos 1os times do OFEC, vice PR em 1923 (foto: operarioferroviario.wordpress.com)

O Operário Ferroviário Esporte Clube completa amanhã (01/05) 100 anos de fundação. O Fantasma de Vila Oficinas, como é conhecido pelo torcedor, é o segundo clube mais antigo do futebol paranaense. Os pioneiros da história do futebol em Ponta Grossa eram construtores das ferrovias entre Paraná e Santa Catarina e, não à toa, o nome oficial do clube e a data definida como fundação fazem referências diretas aos operários daquela época.

O pontapé inicial do futebol paranaense aconteceu na cidade de Ponta Grossa, quando, em 1909, o Coritiba Foot Ball Club enfrentou o time de trabalhadores da rede ferroviária e foi derrotado pelos operários pontagrossenses por 1 a 0. Mas apenas três anos depois, foi oficializada a fundação do Foot-ball Club Operário Pontagrossense.

A primeira diretoria tinha os nomes de Raul Lara, primeiro presidente do clube, Oscar Wanke, Antônio Joaquim Dantas, João Gotardello, Joaquim Eleutério, Álvaro Eleutério, Victorio Maggi, Oscar Marques e João Simonetti.

Após três mudanças de nome, em 1933, com a incorporação do clube social dos ferroviários, o Operário passou a ser oficialmente: Operário Ferroviário Esporte Clube. As cores preta e branca, em homenagem às diferentes raças do país, nunca se alteraram nesses 100 anos de história do clube.

O estádio e a sede do clube, como não poderia ser diferente, foram construídos ao lado do terreno da rede ferroviária. Em outubro de 1941, Germano Krüger exercia um de seus três mandatos como presidente do clube e, na década de 1960, recebeu a homenagem de ter o próprio nome como casa do Operário no bairro de Vila Oficinas.

Já a capital paranaense é responsável pelo apelido de ‘Fantasma’. O meio esportivo de Curitiba se impressionava com a qualidade do Operário jogando principalmente em seus domínios e, de acordo com os próprios curitibanos, a equipe de Ponta Grossa assombrava os times da capital: surge, então, o apelido de Fantasma.

Operário vence o Atlético na Arena: espinho no caminho dos grandes da capital (vídeo: Notícia FC)

Em 1961, o Operário, após derrubar os times da capital, conquista a Zona Sul do Campeonato Paranaense contra o Coritiba. Porém, o clube perde a maior chance de se tornar campeão paranaense, ao ser derrotado na grande final pelo campeão da Zona Norte, Comercial de Cornélio Procópio.

A profissionalização do futebol no interior paranaense causou as primeiras fases de decadência no esporte em Ponta Grossa, que até então era representado por dois clubes: Operário e Guarani. Os dois primeiros rebaixamentos do Operário no Campeonato Paranaense vieram em 1965 e 1983.

Apesar das dívidas do clube, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) convida o Fantasma para retornar à elite estadual em 1989. O Operário passa a ser conhecido nacionalmente com as campanhas na Série B do Brasileirão: a melhor delas, o 5º lugar em 1990. Mas as decisões arbitrárias da CBF no Campeonato Brasileiro prejudicam o clube na sequência de uma possível ascensão nacional.

As dívidas trabalhistas e a dificuldade para formar uma equipe competitiva fazem o clube pedir licenciamento à FPF em 1995. O Operário passa quase uma década de sua história centenária sem futebol. O retorno à elite do futebol paranaense acontece após a suada Divisão de Acesso em 2009. Mais de 8000 pagantes assistiram ao empate em 0 a 0 contra a Portuguesa Londrinense, resultado que trouxe o Fantasma à 1ª divisão estadual. Desde então, o Fantasma fez boas campanhas com a 5ª colocação em 2010 e a 3ª em 2011, disputando a Série D nacional nas duas oportunidades. O acesso para a terceira divisão brasileira passou raspando em 2010, quando o Operário foi eliminado contra o Madureira nas quartas-de-final e acabou com o 6º lugar.

No total, o Operário tem 14 vice-campeonatos estaduais e um título da Divisão de Acesso.

As festividades do Centenário alvinegro seguem hoje (30) a partir das 20h com shows de bandas locais na sede do clube e virada festiva para comemorar o início dos 100 anos do Operário. Já na terça-feira haverá missa campal às 9h e, na sequência, carreata puxada por um dos símbolos do clube, o Trem Fantasma. Na tarde de terça, a partir das 14h, as comemorações acontecem no Germano Krüger com entrada gratuita: haverá homenagem a ex-diretores e jogadores do Operário, escolha e execução do Hino Oficial do Clube e amistoso da categoria Master contra o Guarani, de Ponta Grossa.

Interior de olho no Paranaense/2012

Fantasma e Tubarão: duas forças do interior para 2012

por Benério Divino *
beneriodivino@yahoo.com.br

Está marcado. No dia 4 de novembro se dará o pontapé inicial do Campeonato Paranaense 2012…nos bastidores. Nesta data se realiza o arbitral do torneio nas dependências da Federação Paranaense de Futebol, na Vitor Ferreira do Amaral, na acolhedora capital Curitiba. Mas o que esperar ? Por enquanto, nada… além de boas histórias.
O arbitral deve definir apenas valores e taxas, no máximo as datas, já que no quesito fórmula de disputa prevalece o mesmo que foi acertado para este ano. No encontro, o que vale mesmo é a presença dos digníssimos dirigentes interioranos, que aproveitam desses arbitrais também para expor aos oponentes suas cartas na manga e tramar o que pode ser feito para tentar derrubar o predomínio do futebol da capital.
As EPDS estão em fase de montagem de seus elencos, pouca gente foi de fato contratada e o que existe são muitas especulações. Tudo na base de muita cautela, pra evitar que um nome anunciado em determinada equipe apareça dias depois com o contrato assinado no rival da cidade vizinha.
De novidade, o retorno do Londrina, o novo rico, campeão da segundona. Além da expectativa pelo anúncio de parcerias como Galatasaray da Turquia e Lanus da Argentina, o Tubarão agora gerido por Sergio Malucelli deve manter a base que triunfou no acesso, mesclada com medalhões. Fabiano, ex-volante do São Paulo e do Santos, e Cristian, ex-centro-avante do Internacional de Porto Alegre, são alguns dos nomes ventilados.
No Operário, aguarda-se um time de investimentos mais modestos que no ano atual, que culminou na bela terceira posição geral.
O Fantasma passa por mudanças de grupo gestor  e o presidente Carlos Iurk vem tentando encontrar uma saída para manter o belo desempenho de 2011.
Já o Arapongas, que tenta se projetar montando escritório na Suiça, aposta na chegada do gaúcho Ronaldo Bagé, o treinador que compete com Itamar Bernardes o título de treinador mais linha dura do futebol estadual na atualidade. Barbaridade, tchê. Dos demais, ainda não se há notícia alguma. Teremos de esperar pelo arbitral.
* Benério Divino é jornalista de Arapongas e colaborou com o blog.

Operário apresenta novo treinador

Mal no Brasileiro da Série D, o Operário demitiu Amilton Oliveira e efetivou Igor Carioca no comando técnico.

O Fantasma precisa de pelo menos três vitórias e um empate nos quatro jogos que restam para chegar a vaga. Confira reportagem exibida no Jogo Aberto Paraná sobre a mudança de treinador da equipe de Ponta Grossa.

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Aqui pode, Elano!

O Brasil deu vexame na Copa América, eliminado nos pênaltis pelo Paraguai. Em uma das cobranças o meia Elano, do Santos, caprichou: mandou na lua. Não seria tão ruim se ele fosse um kicker de Futebol Americano, esporte que ganha terreno a cada ano no Brasil.

A bola oval já não é tão estranha aos brazucas. E em tempos nos quais os EUA passaram a ser potência no futebol, nada mais natural que os brasileiros pudessem invadir o field deles também. Eis que Curitiba é uma das principais capitais do Futebol Americano no Brasil. E no final de semana passado o tricampeão paranaense e atual vice-campeão brasileiro, Coritiba Crocodilles (sim, Coritiba, como o clube de futebol que o apoia, e não Curitiba, como a cidade), recebeu e venceu o Porto Alegre Pumpkins por 19 a 2, na estréia da temporada 2011, a segunda da LBFA (Liga Brasileira de Futebol Americano). Abaixo, você confere os melhores momentos desse jogo, exibidos hoje no Jogo Aberto Paraná:

O Paraná tem ainda o Curitiba Brown Spiders e o Foz do Iguaçu Sharks nessa competição. O Spiders iria estrear no Grupo Sul contra o Joinville Gladiators, mas, como você viu acima, o gramado ficou impraticável. A estréia foi adiada, ainda sem data marcada. Já os Sharks venceram o Santa Cruz Chacais-RS por 32 a 6 e lideram a chave. A classificação está aqui.

Não é só o Coxa que apoia um time de Futebol Americano – no caso, o Croco. O Fluminense do Rio também adotou o Imperadores, que lidera o Grupo Norte. Lá está também o atual campeão brasileiro, o Cuiabá Arsenal, que bateu o Crocodilles na decisão 2010. Vasco, Palmeiras e Santos também montaram equipes recentemente. Outro time de futebol que apoia o futebol americano é o Corinthians, que mantém o Steamrollers. O Big Team (ou Helm), no entanto, disputa outra liga nacional: o Torneio Touchdown.

Nela estão outros três paranaenses: Curitiba Hurricanes, Curitiba Predadores e Ponta Grossa Phantons. A rodada de estréia foi terrível para eles, com três derrotas. Clicando aqui, você acha os resultados e a classificação.

As ligas são separadas, mas no Estadual os clubes jogam entre si. Ao final do ano, o Brasil deve ter dois campeões nacionais (um da Liga, outro do Touchdown) que negociam ainda a idéia da realização de uma espécie de Super-Bowl, o grande evento esportivo norte-americano, que decide o campeão máximo da NFL (liga dos EUA), que também tem duas ligas internas.

Como nos demais esportes americanos (NBA, Hóquei) o campeão se auto-intitula “Campeão Mundial”. Mas eles que se cuidem. Depois de aprenderem as regras e desenvolverem o esporte no país, os brasileiros conterrâneos de Elano começam a mostrar que sabem marcar field goals como poucos.

Casa mal-assombrada

Quando um fato negativo se repete, deixando de ser isolado, passa a ser preocupante. E para o Operário, alguma resposta deve surgir o mais breve possível: por quê o time não vence em Ponta Grossa?

A derrota para o CENE-MS (0-2) na segunda rodada da Série D poderia ser entendida como um tropeço isolado. Até porque assistindo os lances a seguir, você percebe que o placar poderia ter sido outro:

Mas não. O Fantasma vive em uma casa mal-assombrada. O Germano Kruger não é um aliado do Operário.

Apesar de ter sido o terceiro em média de público do Paranaense (atrás apenas de Coritiba e Atlético), o Alvinegro patina em casa. E pode estar jogando fora o sonho do acesso a Série C pelo fraco desempenho em Ponta Grossa. Já no Paranaense, mesmo aprontando para cima de Atlético e Paraná na capital, entregou as chances que tinha no Germano Kruger. No que era para ser um alçapão, perdeu para Coritiba (0-1), Arapongas (0-1), ACP (1-2), Roma (2-3), Cianorte (0-2) e empatou com duas equipes que brigaram pra não cair: Paraná (1-1) e Rio Branco (0-0). Nada menos que 19 pontos jogados fora em casa que, se somados a campanha fora, poderiam até resultar em título.

Até mesmo na simbólica disputa do título do interior, amarelou em casa. Venceu o Cianorte por 1-0, mas perdeu nos pênaltis.

Agora, a derrota em um campeonato de tiro curto como a Série D pode ter comprometido todo o projeto do ano. Para ser um grande clube do Estado, o Operário tem de ter um padrão de atuações. Incomodar dentro e fora de casa, ousar na busca por pontos e posições. A Série D desenhava-se como o grande trampolim.

Nada está perdido. Mas algo deve ser revisto. Como dentro da própria casa os fantasmas não se divertem? Benzimento já no Germano Kruger!

O vídeo acima foi exibido no Jogo Aberto Paraná desta segunda, na Band Curitiba. O programa vai ao ar de segunda a sexta, 12h30, para Curitiba, RMC, Ponta Grossa e Campos Gerais e Paranaguá e litoral.