Zico era o maior ídolo do futebol brasileiro quando Romário dava seus primeiros passos no futebol. O primeiro é Deus no Flamengo; o segundo, já marcava época no Vasco quando o Galinho rumava para o Japão. A Seleção reservou histórias diferentes para os dois. Zico é aquele que a Copa perdeu – azar dela, dizem. Romário é aquele que ganhou a Copa. E ganharia outra, talvez, não fosse o corte que muitos atribuíram a Zico em 1998. Ali, o ponto de ruptura entre os donos do futebol brasileiro entre 80 e 90.
O corte foi parar na porta do banheiro de um antigo empreendimento de Romário, o Café do Gol. E na justiça. Os ídolos passaram anos rompidos. Até essa sexta-feira.
Romário aceitou um convite feito ainda no ano passado pelo Galinho, para que o Baixinho estivesse no programa de Zico no canal de TV Esporte Interativo. Nada passou batido no papo. Do corte de 1998 à política da CBF e a atuação como deputado; da Seleção de Felipão às polêmicas com Pelé. Zico e Romário falaram, riram e selaram a paz – até mesmo com uma declaração direta do Baixinho ao Rei do Futebol.
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A inauguração do Maracanã, que conseguiu a proeza de excluir dois de seus maiores ícones, esteve no papo. Ao chegar na emissora para gravar, o deputado foi recebido com festa pelo apresentador. Nada de tensão: ambos ja haviam se falado muito por telefone. A imprensa, quem diria, sempre criticada pelos jogadores como fazedora de polêmicas, foi peça fundamental. Romário disse que não perdoava Zico pelo corte de 98, até assistir ao programa de Galvão Bueno no SporTV, Bem Amigos, com o Galinho negando a autoria. Foi o que bastou para a reaproximação.
Zico e Romário falaram de política, da CBF e seus futuros diretores, e de Pelé. Como bom meio-campo armador, Zico tentou intermediar um papo – e até uma pelada! – entre o Baixinho e o Rei. A resposta de Romário? Seria sacanagem do blogueiro contar. Melhor esperar o programa, ainda sem data pra ir ao ar.
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