O ano está acabando e o blog se propõe, entre um camarão e outro 🙂 a relembrar as principais frases de 2011 no futebol paranaense.
“O Atlético está 10 anos à frente do Coritiba”
Marcos Malucelli, ex-presidente do rubro-negro, que ajudou a “encurtar” a distância presidindo o clube na queda para a Série B, em Janeiro.
“Sei que o nosso torcedor esperava uma contratação como essa. Outras virão”
Paulo César Silva, então diretor de futebol do Paraná Clube, ao trazer Kerlon e ensaiar uma “parceria” com a Inter de Milão; o “Foquinha” esteve mais para baleia e o Tricolor caiu no Estadual. Em Janeiro.
“A emoção, torcedor, é porque eu respeito o Paraná!”
Willians Lima, repórter da Rádio Banda B, que não aguentou a emoção e foi às lágrimas ao ler a escalação do Paraná Clube no jogo contra o Operário, um dos últimos antes do rebaixamento no Estadual. O time era mesmo de chorar. Em Abril.
“Vamos trazer a Seleção esse ano, de preferência contra a Holanda, para comemorar o centenário da imigração holandesa no Brasil”
Hélio Cury, presidente da FPF, prometendo os craques brazucas em terras araucarianas, em Abril.
“Eu vi que o momento do Mano [Menezes] não era bom, muita pressão, e deixamos para uma próxima”
Hélio Cury, presidente da FPF, explicando porque o jogo aconteceu em Goiânia. Em Dezembro.
“Nós não jogámos nada. O Coritiba fez uma partida fantástica e goleou quando quis“
Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras, aturdido após o histórico 6-0 do Couto Pereira, onde não tem sorte desde 1991, quando deixou o Coxa na carona do time do Juventude. Em Maio.
“Vai melhorar”
Adilson Batista, ex-técnico do Atlético (um dos 6), comentando início ruim no Brasileiro. O time só venceu na nona rodada (2-1 no Botafogo) e não melhorou o suficiente para não cair. Em (vários dias de) Maio.
“De forma alguma me arrependo dessa decisão, que foi tomada de forma consciente”
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba, justificando a mudança e a entrada de Marcos Paulo no time justamente na decisão da Copa do Brasil contra o Vasco, que ficou com a taça. O volante foi emprestado ao Avaí dias depois. Em Junho.
“Meus netinhos olham para mim e dizem: ‘vovô, eu não aguento mais perder para o Coritiba!'”
Mário Celso Petraglia, após a perda do Estadual e início desastroso no Brasileiro, no dia em que oficializou sua candidatura a presidência do Atlético, tirando uma casquinha do desafeto Marcos Malucelli, em Julho.
“Demos um susto grande no guri, falamos com os pais, ameaçamos processá-lo, mas não iremos fazer. Se fosse verdade seria a notícia do ano, mas não é”
Vilson Ribeiro de Andrade, então vice-presidente do Coritiba, negando acerto com a Nike, revelado por um garoto no Orkut. Ainda bem que não processou: o blog confirmou a informação em Agosto e a Nike já fala como fornecedora do Coxa. Em Julho.
“Vamos erguer a Arena Fifa para a Copa das Confederações”
Mário Celso Petraglia, então apenas gestor da SPE/Arena, prometendo que a cidade e o estádio estariam no evento-teste do Mundial 2014, em Outubro.
“A região Sul foi totalmente desprezada. Por isso a expectativa é de que a cidade não tenha um papel de coadjuvante, mas de ator principal. Seria triste ficar só com as partidas da primeira fase, mas tenho certeza de que isso não vai acontecer”
Luiz de Carvalho, gestor municipal da Copa, dias depois de Petraglia e pouco depois de saber que Curitiba ficou de fora. Ainda teria mais: Curitiba só receberá jogos da primeira fase da Copa 2014. Em Outubro.
“O Paraná Clube está amargamente rebaixado para a Segundona. É um momento triste na história”
Benedito Barboza, presidente do Conselho Deliberativo do Paraná Clube, logo após absolvição do Rio Branco no caso Adriano de Oliveira Santos. Só então o time passou a articular a antecipação da Série Prata. Em Novembro.
“Eu garanto que o Atlético não vai cair”
Marcos Malucelli, então presidente do Atlético, nas vésperas da partida contra o América-MG, perdida por 1-2. A vitória salvaria o Furacão. Em Novembro.
“Estaremos praticamente em casa, pois o jogo é em Curitiba”
Marcelo Oliveira, técnico do Coxa, diminuindo a pressão na Arena, no clássico com o Atlético que podia valer Libertadores ao Coxa; deu Furacão, 1-0. Em Novembro.
“Essa queda eu tiro do meu currículo”
Antônio Lopes, ex-técnico do Atlético, justificando o rebaixamento pelo pouco tempo de trabalho, apesar de ser quem mais treinou o time em 2011 – 18 jogos. E esquecendo que assumiu o Corinthians em 2005 em situação parecida, quando foi campeão. Vai tirar o título também? Em Dezembro.
“Não sei como cocaína foi parar no meu corpo”
Santíago “El Morro” García, atacante do Atlético, negando o doping por cocaína – que, aliás, não foi comprovado pela Fifa, já que o laboratório uruguaio não era oficial. Em Dezembro.
“Sim, nós vimos que o time era ruim, mas quem montou foram os técnicos, que pediam jogadores”
Marcos Malucelli, agora ex-presidente do Atlético, esquecendo de como exercer hierarquia num clube de futebol, em dezembro.
“É. É uma barra que eu estou enfrentando. Mas eu sou guerreiro”
Vilson Ribeiro de Andrade, já presidente aclamado do Coritiba, falando em público – e às lágrimas – sobre sua batalha contra o câncer. Em Dezembro.
“O Coritiba é um time golfinho, que vive subindo e descendo”
Mário Celso Petraglia, em campanha eleitoral, cutucando o rival com o apelido dado pelos atleticanos ao Coxa, após as quedas de 2005 e 2009. Em Dezembro.
“Eu quero agradecer ao Mário Celso. O golfinho é um animal amável e inteligente, que vive em águas limpas e cristalinas”
Vilson Ribeiro de Andrade, devolvendo a provocação na semana em que denúncias contra Petraglia, sobre propinas em negociações nos anos 2000, ganharam o noticiário. Em Dezembro, mostrando que 2012 será um ano ainda mais cheio de boas frases.