O Corinthians já está há dois meses sem receber o dinheiro do patrocínio da Caixa Econômica Federal, depositado em juízo por ordem judicial, após ação da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. E mesmo sem perspectiva de mudar o quadro, pois teve insucesso no pedidos de liminares, vai manter o nome do banco na camisa por tempo indeterminado. A razão? A obra do estádio da Copa 2014.
Leia também:
– Repensando o futebol brasileiro
Descrente em uma vitória na justiça gaúcha, a estratégia do Corinthians é contestar a ação em Brasília – mas, para isso precisa esgotar todas as possibilidades de recurso até a instância superior. Até que isso aconteça, o clube decidiu arcar com o custo de ocupar o principal espaço na camisa mesmo sem receber, pois é da Caixa Econômica que pode sair a solução para o impasse em Itaquera. O BNDES se recusa a aceitar as garantias oferecidas pelo clube e pela empreiteira e trava o empréstimo via Banco do Brasil. A Caixa pode abraçar o projeto e viabilizar o empréstimo.
As ações não tem ligação direta, ou seja: o dinheiro do patrocínio não será destinado à obra. Mas a ideia do clube é não se desgastar com o parceiro estatal, enquanto se discute a ação na justiça. Conversei com o diretor jurídico do Timão, Luiz Alberto Bussab, que confirmou que há conversas com a Caixa nos dois sentidos. “Eles também não querem romper o patrocínio”, disse o dirigente. A Caixa, ao contrário, pretende ampliar o número de ações no esporte. Atualmente, além do Corinthians, o banco patrocina as camisas do Atlético e dos catarinenses Avaí e Figueirense.
Siga Napoleão de Almeida no Twitter: @napoalmeida
Gostou do blog? Curta a FanPage no Facebook!