Livro desmistifica “Democracia Corintiana” e crava: 87 é do Sport

A “Democracia Corintiana” era, na verdade, uma ditadura coordenada por poucos; não há dúvidas de que o campeão brasileiro de 1987 é o Sport; Charles Miller não foi o primeiro a trazer o futebol para o Brasil, que mereceu perder 1982, fez escola para a Espanha em 94, não entregou em 98, só venceu em 1970 porque Zagallo – e não Saldanha – ajeitou o time e tem um futebol de clubes pulsante por conta de Ricardo Teixeira, gostem ou não.

As polêmicas afirmações são frutos de uma extensa pesquisa histórica, com diversas entrevistas com personagens centrais do futebol brasileiro, realizadas pelos jornalistas Leonardo Mendes Junior (ESPN, Gazeta do Povo) e Jones Rossi (Globo, Veja). O livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Futebol” vai na contramão de tudo o que é pregado em muitas histórias do mundo da bola. A obra custa a partir de R$ 39,90 e já está a venda em várias livrarias em todo o Brasil.

A ideia surgiu quando os dois, curitibanos então radicados em São Paulo, se encontraram com o conterrâneo Leandro Narloch, autor dos guias “Politicamente Incorretos” do Brasil, da América e do Mundo. “Tiramos a lama de personagens eternamente jogados no buraco e jogamos um pouquinho dessa lama em quem o futebol sempre tratou de santificar”, conta Leonardo.

As polêmicas a partir dele – como as duas dos trechos abaixo – são previstas pela dupla, que defende o livro como um documento histórico:  “Tudo foi baseado em fatos. Por ser baseado em fatos e não uma obra de ficção, é, sim, um documento histórico.” Cabe ao leitor descobrir mais. O blog dá uma mãozinha, antecipando dois trechocs. Leia abaixo:.

Este, sobre a Democracia Corintiana:

A Democracia perseguia quem discordava dela. Com a eliminação precoce no Paulista de 1981, o Corinthians foi disputar o Troféu Feira de Hidalgo, na cidade de Pachuca, no México. O time ficou com o título e disputou mais partidas na Guatemala e em Curaçao. 
 
O lado negro da Democracia Corintiana começava a entrar em ação. O elenco decidiu que alguns jogadores deveriam deixar a equipe. Wladimir, o lateral-esquerdo daquele time, recorda: “Nessa excursão, nós percebemos duas pessoas extremamente individualistas, que eram o Rafael [Cammarota, campeão brasileiro pelo Coritiba em 1985] e o Paulo César Caju. O Rafael às vezes achava que tinha que ganhar a posição no grito, porque era um goleiro bonito, alto, experiente. O reserva dele era o César, que era baixinho, feio, preto. O Paulo César Caju também pensava só nele, se achava o bambambã, campeão do mundo, essa coisa toda.”
 
Rafael e Paulo César Caju foram afastados do elenco meses depois. Ali, a Democracia Corintiana começou a demonstrar sua face pouco democrática .Para Rafael, sua ruína foi ter apoiado publicamente o ex-presidente Vicente Matheus. Por isso o grupo não levou em conta as más condições físicas do titular César nas semifinais do Brasileiro de 1982 contra o Grêmio, sob o argumento (que seria repetido um ano depois, contra Leão) de que Rafael poderia entregar o jogo para  prejudicar o movimento. O ex-goleiro relembra: “A Democracia era boa para três, para o resto não era, porque quem resolvia eram os três: o Magrão, o Adílson e o Wladimir. O Casa era o escudeiro, porque estava começando. Tudo era resolvido entre eles, eles não traziam nada para nós. Quando vinha para a gente já vinha resolvido, já vinha feito. Que porra de democracia era essa?”. Adílson teria lhe dito: “Sua indisciplina não foi técnica, nem física.  A sua indisciplina foi ter falado que preferia o tempo do Matheus”. (…)
 
A democracia era filha de [o publicitário Washington] Olivetto, Glorinha Kalil e Juca Kfouri. Desde o começo, a Democracia Corintiana foi um movimento-fetiche, adotado por jornalistas e publicitários que gostariam de ver suas próprias utopias e ideologias representadas nos jogadores de futebol.
 

Aqui, um ponto final na incessante polêmica sobre o Brasileirão de 1987:
 

Até a metade do nacional de 1987, jogar um quadrangular com o campeão e o vice da Copa União valendo vaga na Libertadores seria o máximo que o Sport conseguiria. A ardilosa movimentação de Eurico Miranda permitiu que a CBF desse chancela de disputa de título brasileiro ao quadrangular. Ainda assim, o Sport teria de vencer o Guarani – algo que não tinha conseguido fazer na decisão do módulo amarelo –, Flamengo (um esquadrão com Zico, Bebeto, Renato Gaúcho, Leandro, Edinho, Mozer e Leonardo) e Internacional (outro timaço, com Taffarel, Luís Carlos Winck, Aloísio, Luís Fernando e o técnico Ênio Andrade).
 
Em janeiro de 1988, o Flamengo ainda tentou derrubar a realização do quadrangular. Convocou um Conselho Arbitral para mudar o regulamento do campeonato – possibilidade contemplada pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), desde que fosse por unanimidade. Dos 32 clubes dos módulos verde e amarelo, 29 compareceram. Destes, sete votaram contra a mudança nas regras, o suficiente para barrar o pedido do clube carioca e manter o quadrangular.
 
Na prática, o Sport precisou fazer muito menos. O Flamengo recusou-se terminantemente a jogar o quadrangular. O Inter ainda hesitou, pois estava de olho na vaga para a Libertadores e cogitou a realização de um triangular com pernambucanos e bugrinos. Mas, em nome da unidade do Clube dos 13, manteve-se fora da disputa. (…)
 
O Sport foi reconhecido pela CBF, pela Fifa e pela Justiça como único campeão brasileiro de 1987.  Anos depois, em um nítido caso de conveniência política, acabou reconhecido pelo São Paulo, clube que liderou a rebelião materializada pela Copa União.  Em 1975, a Confederação Brasileira de Futebol instituiu a Copa Brasil, troféu que, pelo seu formato, acabaria conhecido como Taça das Bolinhas. 
 
Ele seria de posse transitória até que o campeonato nacional fosse conquistado pelo mesmo clube por três vezes consecutivas ou cinco alternadas. Nas contas do Flamengo, a taça seria sua a partir de 1992, quando o clube teria conquistado o Brasileirão pela quinta vez –  o quarto título seria o da Copa União. O São Paulo passou a pleitear a posse definitiva da honraria em 2007, quando venceu o seu quinto nacional. Para isso, porém, teria de ir contra sua posição histórica como fundador do Clube dos 13 e ator principal na criação da Copa União. E assim fez o clube paulista, que segue na Justiça tentando provar que é o verdadeiro dono da Taça das Bolinhas.

Em breve, a editora lançará uma versão eletrônica (E-Book), que pode ter acréscimo de capítulos com outros temas que ficaram de fora da primeira leva. 

Site especializado em Libertadores qualifica Flamengo como “time pequeno”

O site Pasión Libertadores, especialista na cobertura da Copa Libertadores para a América Latina, colocou o Flamengo como uma das possíveis surpresas para a competição deste ano.

A polêmica é o rótulo de “time pequeno” atribuido ao Fla, atual campeão da Copa do Brasil e campeão da própria Libertadores em 1981. Enumerado ao lado de Deportivo Anzoátegui e Zamora (Venezuela), Santos Laguna (México) e O’ Higgins (Chile), o time carioca é elogiado por contar com Elano e Erazo, reforços recém-chegados, mas considerado “pequeno e segunda força de seu Estado”.

O site não tem relação direta com a Conmebol, apesar de ter os mesmos patrocinadores da Libertadores. Sua comunidade no Facebook tem mais de 1,5 milhão de seguidores.

Os 5 maiores jogos entre Atlético e Flamengo

Atlético Paranaense e Flamengo começam nessa semana a decidir a Copa do Brasil 2013. Os rubro-negros farão a terceira disputa eliminatória entre si na história. Nas duas anteriores, deu Flamengo, que tem vantagem nos confrontos diretos no geral, incluindo amistosos: 20 vitórias cariocas, com 10 empates e 18 triunfos atleticanos. O Furacão, porém, tem vantagem no saldo de gols: 59 a 57.

Nunca houve uma rivalidade grande entre as equipes, ao contrário do que acontece com o Fla e o xará Mineiro do Furacão, ou mesmo entre Atlético e Fluminense. Mesmo assim, os dois times já protagonizaram jogos memoráveis, quase sempre com vitórias dos times da casa. O blog relembra os cinco mais importantes da história – excetuando, claro, a decisão que virá pela frente:

#5 – Atlético 5-3 Flamengo (Brasileiro 2008)

Alan Bahia dá a paradinha e Bruno - aquele - cai: Atlético livre da queda

O Atlético estava ameaçado pelo rebaixamento, com 42, fora da ZR, perseguido pelo Figueirense, que tinha 41. O Flamengo, por sua vez, tentava uma vaga na Libertadores: 5o colocado com 64 pontos, com Cruzeiro (64) e Palmeiras (65) a sua frente. Na Arena, o Furacão abriu 2 a 0 no Fla, com gols de Toró (contra), Rafael Moura. Marcelinho Paraíba descontou para o Mengo, deixando o ambiente tenso na Baixada. Ainda no primeiro tempo, Julio Cesar faria 3 a 1, mas Marcelinho estava inspirado. Ele diminuiria para 3 a 2, mantendo o Atlético ameaçado de queda. Zé Antônio faria o 4o do Furacão, mas o alívio só viria mesmo aos 41 do 2o tempo, quando, de pênalti, Alan Bahia fez o 5o. Ainda daria tempo de outro gol de Marcelinho pra fechar o placar.

#4 – Atlético 0-1 Flamengo (Sul-Americana 2011)

Ronaldinho decide e acaba com um tabu que durava 37 anos

Historicamente, o Flamengo tem más lembranças de Curitiba, não só com o Atlético, mas também com Paraná e Coritiba. Além disso, um incômodo tabu durava 37 anos até aquele confronto eliminatório na Copa Sul-Americana de 2011. Depois de ter vencido por 1 a 0 no Rio, o Fla foi à Curitiba pegar um Atlético desorganizado e que havia dado a chave do clube para Renato Gaúcho, técnico que chegara para tentar salvar o Furacão do rebaixamento. Renato optou por mandar um time de reservas à campo. O 0 a 0 encaminhava a classificação carioca até o finalzinho do jogo, quando Ronaldinho aproveitou uma oportunidade em bola cruzada na área. Vitória do Mengo e fim do jejum na antiga Arena da Baixada.

#3 – Atlético 2-1 Flamengo (Brasileiro 2004)

Julio Cesar cochila e puxa Washington: pênalti e vitória do Atlético

O Atlético estava impossível aquele ano, dividindo a liderança com o Santos de Robinho. O Furacão tinha um timaço, com Jadson, Fernandinho, Dênis Marques e Washington. O Flamengo não ficava muito atrás, com o ainda goleiro da Seleção, Julio Cesar, Júnior Baiano e Zinho em campo. Júnior Baiano fez 1 a 0 e o Fla ia quebrando a sequência invicta atleticana, que chegaria a 18 jogos. Mas então apareceu o Coração Valente. Aos 43, ele recebeu na área e girou pra empatar. O resultado não era bom, mas os atleticanos já se conformavam com o empate. Então, numa bola despretensiosa, Julio Cesar falhou e Washington roubou-a do goleiro, que puxou o atacante, Pênalti e gol da vitória, mais um do artilheiro daquele ano, com 34 gols.

#2 – Flamengo 2-1 Atlético (Brasileiro 2009)

Adriano Imperador voltou ao Fla em partida contra o Furacão

Corria a quarta rodada do Brasileirão 2009 e o Flamengo recebia de volta um de seus mais polêmicos ídolos: Adriano Imperador. Naquele ano, alegando problemas pessoais, Adriano não quis voltar para a Inter de Milão e ameaçou até abandonar a carreira. Depois de uma longa novela, o atacante confirmou sua volta ao clube que o revelou. Quis o destino que o jogo de reestreia fosse contra o Atlético. Em um Maracanã lotado, levou 15 minutos para que Fla abrisse o placar com um gol contra de Antônio Carlos, hoje no são Paulo. O Maracanã explodiu, mas ainda faltava algo. Adriano, então, faria o segundo. A anunciada goleada não veio. O Furacão endureceu o jogo e quase arrancou um empate. Mas deu mesmo Flamengo, com  Rafael Moura descontando no placar. O Fla, com Adriano, chegaria ao seu sexto título nacional, incluindo a Copa União de 1987.

#1 – Atlético 2-0 Flamengo (Brasileiro 1983)

Rubro-negros lotaram o Couto Pereira, no maior público da história do estádio

Zico, Adílio, Nunes, Raul, Junior e uma verdadeira máquina do lado da Gávea; Washington, Assis, Nivaldo, Capitão e Roberto Costa, no surpreendente time da Baixada. Atlético e Flamengo fizeram uma das semifinais no Brasileirão de 1983. No primeiro jogo, no Maracanã, o Atlético não contou com Assis e acabou engolido, levando 3 a 0. O Fla já se considerava na final do Brasileirão, mas não imaginava o que o aguardava em Curitiba. Com o Couto Pereira – do rival Coritiba – completamente lotado, o Furacão, com 32 do 1o tempo, praticamente reverteria a vantagem, com dois gols de Washington. Só não conseguiu por que Raul Plassmann, que foi revelado no Atlético, impediu o terceiro gol com grandes defesas. Uma, em especial, em um chute a queima roupa de Capitão. O Fla resistiu à pressão de 67.391 pessoas e chegou à decisão, na qual venceria o Santos e seria tri-campeão nacional.

Por que o [coloque o nome do seu time aqui] vai ganhar a Copa do Brasil

Quem vai levar a Copa do Brasil 2013? O blog apresenta as razões pelas quais você deve confiar que será o seu time – ou se preocupar, se for torcedor rival. Comente abaixo!

O Flamengo vai ser o campeão da Copa do Brasil 2013 porque é time de chegada, cresce na reta final – que o diga o Botafogo – embalado pela torcida que tem os dois melhores públicos da competição. Venceu a Copa em duas ocasiões (1990 e 2006), derrotando o adversário da semi na primeira final. Vive um novo momento com Jayme de Almeida, que conhece bem o elenco, sendo um técnico “prata da casa”. E tem Hernane, o Brocador, artilheiro da competição com 6 gols em grande fase.

Pra chegar até aqui: 10jgs – 8v – 1e – 1d – 19gp – 6gc

1-0 Remo-PA (F)

3-0 Remo-PA (C)

2-1 Campinense-PB (F)

2-1 Campinense-PB (C)

2-0 ASA-AL (F)

2-1 ASA-AL (C)

1-2 Cruzeiro-MG (F)

1-0 Cruzeiro-MG (C)

1-1 Botafogo-RJ (N)

4-0 Botafogo-RJ (N)

 

No Brasileirão 2013 contra o Goiás em casa: jogo será realizado no dia 09/11, entre as duas partidas da Copa.

Na história da Copa contra o Goiás: 1 vitória e 1 empate

No Brasileirão 2013 contra o provável finalista:

2-2 Atlético (F)

2-4 Atlético (C)

0-1 Grêmio (C)

x Grêmio em 17/11 (F)

 

Na Copa contra o provável finalista:

Atlético: nunca enfrentou

Grêmio: 4v – 5e – 3d

O Goiás será o campeão da Copa do Brasil 2013 porque é o time que mais cresceu no Brasileirão, tendo vencido suas últimas 5 partidas na competição. Tem estutura e quer ganhar seu primeiro título nacional de primeira linha – tem duas Séries B, a última ano passado. Tem Walter, um dos melhores jogadores do País na temporada. É um dos seis times que ainda não trocou de técnico na Série A E já eliminou duas equipes cariocas na Copa, Fluminense e Vasco.

Pra chegar até aqui: 9jgs – 6v – 1e – 2d – 17gp – 9gc

3-1 Oratório-AP (F)

3-2 Santo André-SP (F)

1-0 Santo André-SP (C)

3-0 ABC-RN (C)

1-1 ABC-RN (F)

0-1 Fluminense-RJ (F)

2-0 Fluminense-RJ (C)

2-1 Vasco-RJ (C)

2-3 Vasco-RJ (F)

No Brasileirão contra o Flamengo em casa: 1-1 na 14a rodada.

No Serra Dourada contra o Flamengo em jogos oficiais: 5v – 10e – 4d

No Brasileirão 2013 contra o provável finalista:

0-2 Atlético (F)

3-0 Atlético (C)

2-0 Grêmio (C)

x Grêmio em 01/12 (F)

Na Copa contra o provável finalista:

Atlético: nunca enfrentou

Grêmio: nunca enfrentou

O Atlético vencerá a Copa do Brasil 2013 porque é o clube que mais se preparou para isso, tendo poupado o elenco principal do desgastante Estadual. Mesmo sem a Arena, joga no alçapão da Vila Capanema, estádio que permite a pressão da fanática torcida rubro-negra. Tem Ederson, o artilheiro do Brasileirão e o técnico Vagner Mancini, um dos treinadores* na disputa que já venceu a Copa do Brasil, em 2005, pelo Paulista de Jundiaí. Demonstra muita regularidade ao estar há 14 rodadas no G4 da Série A. E tem a oportunidade de ver o ídolo Paulo Baier levantar um título de expressão para o Furacão, antes de se aposentar.

Pra chegar até aqui: 9jgs – 5v – 3e – 1d – 15gp – 5gc

1-0 Brasil-RS (F)

2-0 Brasil-RS (C)

6-2 América-RN (F)

0-0 Paysandu-PA (F)

2-1 Paysandu-PA (C)

0-1 Palmeiras-SP (F)

3-0 Palmeiras-SP (C)

1-1 Inter-RS (F)

0-0 Inter-RS (C)

No Brasileirão contra o Grêmio em casa: 1-1 na 6a rodada

Como mandante contra o Grêmio (1959-2013): 7v – 10e – 6d

No Brasileirão 2013 contra o provável finalista:

2-2 Flamengo (C)

4-2 Flamengo (F)

2-0 Goiás (C)

0-3 Goiás (F)

 

Na Copa contra o provável finalista:

Flamengo: nunca enfrentou

Goiás: nunca enfrentou

O Grêmio vai ganhar a Copa do Brasil 2013 porque é o maior bicho-papão deste torneio: 4 títulos em 7 finais, com outras 3 semis. Conta no banco com Renato Portaluppi (Gaúcho, pra quem não é do RS), maior ídolo da sua história. Quer coroar o ano de estreia na Arena Grêmio com um título nacional e voltar à Libertadores para compensar a decepção com o time milionário de Luxemburgo neste ano. Se precisar de pênaltis, tem Dida, o paredão que classificou a equipe contra o Corinthians.

Pra chegar até aqui*: 4jgs – 1v – 2e – 1d – 2gp – 1gc

0-1 Santos-SP (F)

2-0 Santos-SP (C)

0-0 Corinthians-SP (F)

0-0 Corinthians-SP (C) – Pênaltis: 3-2

*entrou na fase de 8as de final por ter disputado a Libertadores

No Brasileirão contra o Atlético em casa: 1-0 na 25a rodada

Na Copa contra o Atlético: 1 vitória e 1 empate

No Brasileirão 2013 contra o provável finalista:

1-0 Flamengo (F)

x Flamengo em 17/11 (C)

0-2 Goiás (F)

x Goiás em 01/12 (C)

 

Na Copa contra o provável finalista:

Flamengo: eliminou-o em 89, 93 e 95 na semi, venceu-o na final de 97

Goiás: nunca enfrentou

*Renato ganhou a Copa pelo Fluminense em 2007, alerta e corrige um leitor.

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Equívoco da CBF beneficia Corinthians, Grêmio e Vasco na Copa do Brasil

Kléber, pendurado, e Barcos: exceção para os times da Libertadores

A valorização da Copa do Brasil com a volta das equipes que disputam a Libertadores foi uma ideia interessante da CBF. Porém, um equívoco na montagem do regulamento beneficiou os times que entram apenas na etapa de oitavas de final. Com a suspensão de jogadores prevista para cada terceiro cartão tomado na competição, Corinthians e Grêmio, da Libertadores, e Vasco, beneficiado pela presença obrigatória do São Paulo na Copa Sul-Americana levam vantagem sobre os demais adversários.

Com apenas dois jogos disputados, a única exceção do trio é Kléber. O “Gladiador” é o único dos 12 atletas do trio a estar pendurado. Nos outros cinco times, jogadores decisivos como D’Alessandro (Inter), Everton (Atlético), Walter (Goiás) e Lodeiro (Botafogo) podem desfalcar seus times na reta final, o que já acontecerá com Elias (Flamengo) e Bolívar (Botafogo) no primeiro jogo desta fase.

A solução seria zerar os cartões dos clubes a partir das oitavas, exceção feita aos que entrarem na fase suspensos. Por ora, para os times beneficiados, é aproveitar a oportunidade; para os demais, cuidado dobrado com faltas e reclamações.

Confira a lista dos advertidos:

Corinthians: Nenhum pendurado. Pato, Romarinho e Fábio Santos.

Grêmio: Kléber pendurado. Barcos, Matheus Biteco, Souza e Maxi Rodrigues amarelados.

Vasco: Um amarelo para Fagner, Santiago, Filipe Souto e Cris.

Atlético: Pendurados: Jonas, Pedro Botelho, Everton e João Paulo; mais 12 (Zezinho já cumpriu) levaram cartões.

Inter: D’Ale e Fabrício péndurados. Outros 11 (incluindo Damião) com cartão.

Goiás: Walter, Cícero, Hugo e Amaral com dois cartões. Mais 9 com cartão.

Botafogo: Lodeiro, Doria, Edilson, Gabriel pendurados e mais 11, incluindo Jefferson; Marcelo Mattos já cumpriu uma e Bolívar está suspenso contra o Fla.

Flamengo: Elias está suspenso, Renato estaria pendurado e mais 9 levaram cartão.

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Libertadores para todos: quem está na fila?

Galo campeão da Libertadores: quem quiser que pegue a senha

A piadinha recorrente entre os rivais era de que o Governo acertou em cheio ao lançar o programa “Libertadores para todos”, uma gozação com a longa espera de Corinthians e Atlético Mineiro em conquistar o título que os rivais já tinham. Campeão, o Galo já pensa no Mundial e desafia os interessados a tentarem no ano que vem. Dos 16 maiores clubes do Brasil, 10 já têm a cobiçada glória. Quem, portanto, estraria no “LPT” fictício? 

O Fluminense abre a lista de espera. Vice-campeão em 2008, quando perdeu para a LDU do Equador, o Flu é o atual campeão brasileiro e tem feito boas campanhas nos últimos anos. Namora com a taça – tem seis participações e foi sétimo neste ano – mas começou mal o Brasileirão 2013 e terá de suar para chegar à Libertadores por essa via. Por outro lado, está na Copa do Brasil – outrora o caminho mais curto.

Outro vice-campeão continental que está na fila é o Atlético Paranaense. Depois de perder a final de 2005 para o São Paulo, não repetiu as boas atuações e até amargou uma Série B em 2011. Teve três participações no torneio continental – a última, no mesmo 2005 – e neste ano está mal no Brasileirão. O Furacão, a exemplo do Flu, também tem a Copa do Brasil como atalho para a glória.

Terceiro colocado no distante ano de 1963, o Botafogo é mais um dos grandes na lista de espera. Disputou a Libertadores em três ocasiões, sendo a última em 1996. Está na briga pelo Brasileirão 2013 e também está na Copa do Brasil.

Quinto colocado em 1989, o Bahia é outro que aguarda sua senha no painel. Participou três vezes da competição, sendo a última exatamente no ano de sua melhor campanha. No Brasileirão, está no meio da tabela, mas terá um atalho diferente para voltar à Libertadores: a Copa Sulamericana. Quem sabe um título continental seguido do outro?

O Coritiba é outro campeão brasileiro à espera da taça continental. Sétimo colocado em 1986, quando disputou a competição como campeão brasileiro, participou também em 2004 e não mais voltou. Briga na parte de cima da tabela no Brasileirão 2013 e pode tentar a volta também via Copa Sulamericana.

A lista dos grandes ainda sem Taça Libertadores se fecha com o Sport. Foi 11o colocado em 2009, quando disputou pela segunda e última vez a competição. Está na Série B nesta temporada, mas, curiosamente, pode disputar a Libertadores 2014: para tanto, precisa ganhar a Copa Sulamericana, competição na qual está por conta dos novos critérios da CBF.

  • Jejum e repeteco

Se quem ainda não ganhou a competição está sedento, a vontade dos que já faturaram em repetir não é menor. Dos 10 clubes brasileiros campeões da Libertadores, o maior jejum é o do Flamengo, campeão pela única vez em 1981. O Grêmio, bicampeão em 1995, já podia ter saído da fila, mas perdeu a decisão de 2007 para o Boca Jrs. Curiosamente, na sequência do jejum, está outro bicampeão que perdeu final recentemente: o Cruzeiro, que levou em 1997 mas perdeu para o Estudiantes em 2009.

Campeão em 1998, o Vasco aumenta a fila dos jejuantes, seguido do Palmeiras, que poderia ter levado o bi entre 1999 e 2000, mas perdeu a segunda final. Um pouco menos impacientes estão os torcedores do São Paulo, tricampeão em 2005. Assim como os do Internacional, que levou o bicampeonato na primeira das quatro finais seguidas com brasileiros em 2010. Depois de um longo jejum – desde a Era Pelé – o Santos também não tem muito do que reclamar, campeão em 2011. O Corinthians, por sua vez, ainda está em lua de mel com a torcida pelo belo ano de 2012. E o do Atlético-MG… esse então, acha tudo isso aqui uma grande festa!

  • Menções honrosas

Dois clubes brasileiros não se encaixam no perfil acima, mas merecem menção pelas ótimas participações em Libertadores. Vice-campeão em 2002, o São Caetano não conseguiu se fixar entre os clubes mais fortes do Brasil, mas fez belas campanhas no início dos anos 2000, incluindo dois vices no Brasileirão e três participações na competição continental. Hoje patina na Série B.

Outro que tem história para contar na Libertadores é o Guarani. O Bugre foi terceiro colocado em 1979 e também jogou por três vezes a Libertadores, sendo a última em 1988. Atualmente disputa a Série C do Brasileirão.

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