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O Campeonato Paranaense 2023 está chegando com muitas novidades e, claro, a velha disputa entre Athletico e Coritiba pra saber quem será o dono do Estado na temporada!
Athletico, Coritiba, Londrina, Operário, Maringá, Cascavel, Cianorte, Rio Branco, São Joseense, Azuriz de Pato Branco e as novidades Aruko, de Maringá, e Foz do Iguaçu estarão nessa disputa.
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Uma Libertadores, um Brasileirão (em breve talvez dois) e uma final de Copa do Brasil no período de dois anos e o Brasil inteiro se pergunta: qual o segredo do futebol mineiro, atual dono dos melhores resultados no País?
Atlético-MG e Cruzeiro não são exatamente modelos de sucesso administrativo. De acordo com o balanço de 2013, último publicado, ambos somam 638 milhões em dívidas – 438 do Galo com 200 da Raposa. O Alvinegro é o quarto time mais endividado do País, enquanto que os Celestes ocupam a 11a colocação no ranking negativo. A dívida cruzeirense é facilmente administrável quando olhamos as receitas de 2013, quando o clube arrecadou 188 milhões, entre patrocínios, prêmios, vendas de jogadores, televisão e bilheteria, entre outros. Já os atleticanos de Minas Gerais não têm a mesma tranquilidade que o rival. As receitas em 2013 foram de 228 milhões, praticamente metade do que foi gasto. Ainda assim, com uma desproporção entre receitas e despesas, com patrocínios menores que os de Rio e São Paulo, como os mineiros dominam pelo segundo ano seguido o futebol nacional?
A resposta é: investimento no futebol em si.
Se a gestão administrativa deixa a desejar no balanço financeiro, Cruzeiro e Atlético-MG seguem o rumo daquilo que se propõem desde que foram criados. Ao invés de superávit, títulos. Uma receita adotada pelo primeiro Real Madrid Galático de Florentino Perez, com Zidane, Ronaldo e Beckham, em menor proporção. Então decadente, o Madrid optou por gastar mais e fazer a roda girar em outro sentido. Com craques e títulos, aumentou sua arrecadação e voltou a ser referência no cenário mundial. Não sem antes vender um patrimônio gigante, a antiga Ciudad Deportiva, o CT que rendeu 480 milhões de Euros à equipe espanhola.
Em Minas não é muito diferente quanto ao patrimônio. Cruzeiro e Atlético-MG não precisaram gastar um centavo sequer para modernizar os dois principais estádios de Belo Horizonte. O Mineirão e o Independência ganharam cara nova com parcerias público-privadas, como a Minas Arena. Diferente de adversários como Corinthians, Inter e Atlético Paranaense, os mineiros não têm dívidas recentes com infraestrutura. Enquanto o trio citado tem que dividir suas receitas com as obras, Galo e Raposa tiveram que buscar apenas melhores acordos com os arrendatários das arenas – o América Mineiro é o gestor do Independência, que pertence à Prefeitura de BH. Antes, porém, a dupla mineira já havia construído seus CTs, Cidade do Galo e Toca da Raposa, ambos considerados dois dos 4 mais bem estruturados do País. O Cruzeiro se dá ao luxo de ter um CT apenas para a base, a Toca I, com os profissionais treinando na moderna Toca II.
O salto foi dado após o susto que a dupla sofreu em 2011. Atlético-MG e Cruzeiro acabaram nas 15a e 16a posições respectivamente, as duas logo acima da zona de rebaixamento. O jogo que livrou a Raposa do rebaixamento foi justamente o clássico mineiro, previsto então para a última rodada. Com uma acachapante goleada dor 6 a 1, o Cruzeiro se livrou da queda junto com o Galo, que havia escapado um pouco antes. A partida, porém, foi colocada sob suspeita por muita gente em Minas Gerais, chegando até a ser formulada uma denúncia no Ministério Público Mineiro, arquivada posteriormente. Ambos tinham o mesmo fundo gestor, o Banco BMG, contando com 12 jogadores nas duas equipes. A recuperação atleticana, que ocorreu antes, foi caracterizada por uma defesa intransponível no segundo turno, que acabou sofrendo a maior goleada do campeonato naquele jogo. Após o final do ano o BMG se retirou do mercado de investimento direto no futebol e a CBF acabou com os clássicos na última rodada do Brasileirão.
Longe da Série B, Galo e Raposa investiram pesado nos elencos. O Atlético-MG saltou de R$ 30 para R$ 180 milhões de investimento em futebol de 2012 para 2013. A vinda de Ronaldinho foi o principal deles. O craque ex-Barcelona deixou o Flamengo em baixa e rendeu para o clube a histórica Libertadores de 2013, após o vice-campeonato brasileiro em 2012. A imprudência foi recompensada pela taça e pelo pequeno aumento da dívida, de apenas 6% entre as temporadas. Alexandre Kalil, presidente do Galo, é um dos principais artífices dos clubes em prol de um programa de refinanciamento – talvez anistia – das dívidas dos clubes junto ao governo. O clube sofreu para receber os R$ 37 milhões da venda de Bernard para o Shahktar Donetsk da Ucrãnia. Só o fez quando deixou R$ 25 milhões nos cofres da União e diminuiu a dívida. O elenco do Galo perdeu Ronaldinho, mas manteve ídolos como o goleiro Victor e o atacante Diego Tardelli.
O Cruzeiro começou a recuperação mais timidamente que o rival, mas para 2014, após o título do Brasileirão, abriu de vez os cofres. A montagem do elenco que pode ser coroado com o bicampeonato brasileiro e a Copa do Brasil começou com 70 milhões em 2012 para 160 milhões nesta temporada, chegando a mais de 80% das receitas do clube. Os Celestes foram buscar gente como o zagueiro Manoel e os meias Marlone e Marquinhos, revelações de Atlético-PR, Vasco e Vitória. Se dão ao luxo de manter Julio Baptista e Dagoberto no banco, jogadores que seriam titulares na maioria dos demais clubes da Série A. E, principalmente, acreditaram no trabalho do técnico Marcelo Oliveira, já há duas temporadas completas à frente da Raposa.
O BMG segue estampando as camisas da dupla, mas os R$ 12 milhões por ano pagos a cada um são menos que a metade dos R$ 31 milhões que o Corinthians recebe da Caixa e menos ainda que os R$ 60 milhões investidos pela Unimed na parceria com o Fluminense. Mesmo com a receita inferior, mas dedicando quase todo o fluxo ao futebol e contando com escolhas acertadas e um pouco de sorte – afinal o futebol é um jogo e São Victor está aí para confirmar aos atleticanos a tese – Galo e Cruzeiro vão dominando o cenário nacional na contramão da austeridade financeira pregada pelos especialistas. Se o poço tem fundo ainda não se sabe, mas o torcedor e o museu dos clubes não estão reclamando da constante chegada de taças à Belo Horizonte.
Cruzeiro e Atlético Mineiro já fizeram um mata-mata em 2014, no Estadual
As semifinais da Copa do Brasil começam nessa quarta (29) e a certeza de grandes jogos entre Cruzeiro x Santos e Atlético-MG x Flamengo vai resultar, pela milésima vez, no enfadonho debate sobre Mata-Mata vs. Pontos Corridos no Brasileirão. Muita gente ignora o fato de que os dois modelos estão em vigor no Brasil atualmente, o que atende bem a pluralidade de interesses. No acalorado debate vão surgir muitos argumentos, cinco dos quais são falaciosos. O blog trata disso logo abaixo:
Mito 1 – “O torcedor prefere o mata-mata”
Bem, isso é desmentido logo pelos números. O que o torcedor gosta mesmo é de jogo bom. Nos últimos três anos a média de público da Copa do Brasil, mata-mata na essência, é bem inferior à do Brasileirão, que aliás tem o dobro e mais um pouco de jogos disputados – logo, precisa de mais público médio por mais tempo. Em 2013, mesmo com a maior torcida do Brasil na decisão, a média de público nos 158 jogos da Copa do Brasil foi de míseros 2623 torcedores por jogo, enquanto que o Brasileirão, com 380 jogos, teve média de 14951. O mesmo aconteceu nos anos anteriores. Em 2012 tivemos média de 8588 para a Copa e 12970 para o Brasileirão; em 2011 o placar foi de 14664 a 8289 para o Brasileirão.
A final de 2013, entre Flamengo e Atlético Paranaense, arrastou 57.991 torcedores ao Maracanã, um público inferior ao de Santos x Flamengo em Brasília, no Brasileirão, para 63501 pessoas verem a despedida de Neymar. A decisão rubro-negra entraria na lista como o 5o maior público do ano entre times da elite, atrás de quatro jogos no Brasileirão de pontos corridos. A ausência de torcedores também é vista na Copa. Se o pior público do Brasileirão foi de 1182 para Portuguesa x Fluminense, apenas 164 pessoas viram Veranópolis-RS x Santo André no mata-mata.
Mito 2 – “Falta emoção nos Pontos Corridos”
Mais uma falácia propagada em época de grandes jogos. Evidentemente que partidas épicas como Atlético-MG 4-1 Corinthians ficam na memória do torcedor. Mas isso também acontece nos pontos corridos. Novamente, o que conta são os grandes jogos.
Quem se esquece da acirrada disputa entre Santos e Atlético em 2004, quando o Furacão perdeu o título apenas na última rodada, após ver o Peixe recuperar uma desvantagem nos jogos finais? É possível dizer que o duelo entre Corinthians x Inter em 2005, rodada após rodada com a remarcação dos jogos, culminando na partida do Pacaembu, foi menos emocionante que um belo mata-mata? E a inacreditável arrancada do Fluminense em 2009, se livrando do rebaixamento após ter 99,9% de possibilidades de queda? Duvido que os mineiros, em especial os cruzeirenses, se esqueçam da rodada final de 2011, com a goleada da Raposa sobre o Galo, que livrou o time celeste da queda justamente contra o maior rival. Tem emoção maior?
Mito 3 – “Os pequenos têm vez no mata-mata”
Mais uma distorção. Na verdade os pequenos não têm vez nem no mata-mata, nem nos pontos corridos, já há muito tempo. E isso ocorre por conta de distribuição desigual de cotas de TV, o que permite à uma elite montar times melhores que o resto. Elite esta fragmentada entre si, com graves distorções até mesmo entre os grandes.
Já são sete anos desde que o modesto Figueirense surpreendeu o Brasil e perdeu a decisão contra o Fluminense. De lá para cá todas as finais tiveram campeões brasileiros e clubes atuando na Série A, caso do Vitória – que se está em defasagem em relação aos clubes do grande centro, recebe mais que outros de seu porte. Nos últimos 10 anos foram 9 campeões da Copa do Brasil oriundos de Rio ou São Paulo, onde se concentram os maiores investimentos de publicidade no futebol. Números idênticos aos do Brasileirão. Apenas Cruzeiro (2013) no Brasileirão e Sport (2008) na Copa do Brasil conseguiram quebrar esse domínio.
Mito 4 – “Os clássicos ganham destaque”
Se você gosta de clássicos, seu campeonato preferido é o Brasileirão. Entre os 380 jogos da Série A deste ano, tivemos Grenal, Atletiba, Ba-Vi e Cruzeiro x Galo em dobro. Em São Paulo, com quatro clubes, são 12 clássicos; no Rio, sem o Vasco, são 6. Isso sem contar os clássicos interestaduais, como Flamengo x Atlético-MG ou Bahia x Sport. No mata-mata eles estão sujeitos à contingencia da tabela. Na Copa do Brasil dependem do sorteio e no antigo modelo do Brasileirão dependem do cruzamento.
Mito 5 – “Todo jogo é decisivo”
Sim, no mata-mata todo jogo tem caráter eliminatório. Mas nos pontos corridos não se pode bobear. Que o digam São Paulo e Inter. Os são-paulinos lamentam, por exemplo, o empate com o Coritiba na 3a rodada e a derrota para a Chapecoense na 11a, ambos em casa. Os colorados ainda choram as derrotas para o Cruzeiro (7a rodada) e Figueirense (19a) no Beira-Rio. Jogos tão decisivos quanto qualquer mata=mata. Se faltou a cultura de lotar o estádio, empurrar o time, ou quem sabe os jogadores mais ligados no jogo, não foi por conta do formato e sim da cultura atual.
Apaixonado por futebol, o brasileiro se viu imerso numa onda política. Imaturos democraticamente, muitos não aceitaram a derrota nas urnas e reagiram como se estivessem num estádio, tal qual o torcedor que canta com ódio do rival, ainda que figurativamente, mesmo que o irmão ou a mãe estejam com outras cores durante os 90 minutos. Infelizmente a fúria de muitos também trouxe à tona muito preconceito.
Parte dos eleitores do “Sul-Maravilha” achou por bem culpar o “bovino” Nordeste pela derrota de um candidato. Evidentemente nem tudo é tão preto no branco assim e várias imagens circulam na Internet para mostrar isso. Mas a vergonha alheia e até mesmo o temor de que o País entre num túnel de xenofobia, do qual dificilmente se escapa sem muita dor, tem de trazer algumas reflexões. E o blog tratou de pensar se muitos dos raivosos de Sul-Sudeste já não vibraram muito com aqueles que hoje querem bem longe.
Não há brasileiro que não seja miscigenado nem clube de futebol que não tenha buscado em algum momento de sua história um craque longe de suas esquinas. É, amigo separatista, você certamente já vibrou muito ou ao menos se orgulhou da história de alguma das figuras que estão enumeradas abaixo, colhidas dos maiores clubes de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, locais onde a eleição escancarou as falhas de caráter de muita gente.
Dida, de Alagoas
O alagoano Dida marcou época no Corinthians, sendo o primeiro goleiro campeão mundial pelo clube. Também levantou o Brasileirão de 99 e a Copa do Brasil de 2002. Além de Dida, outro nordestino marcante na história do Timão é o baiano Servílio, sexto maior artilheiro da história do clube com 201 gols.
Os torcedores do São Paulo que se exaltaram contra o Nordeste com o resultado da eleição presidencial certamente lembram de Ricardo Rocha, pernambucano bicampeão paulista e líder do time campeão brasileiro em 1991, no time que deu base à super-equipe bicampeã mundial.
Quem gosta do Palmeiras, mas não gosta do Nordeste, tem de tirar de sua lista de ídolos gente como o pernambucano Rivaldo. O Maestro do último grande time palestrino, campeão brasileiro em 1994, é natural do nordeste assim como o bom baiano Oséas, outro ídolo alviverde, que também encantou os atleticanos.
Rivaldo, de Pernambuco
No Santos o Nordeste se faz representar em Clodoaldo, sergipano com mais de 500 jogos pelo Peixe, campeão do Robertão (o Brasileirão da época) de 1968, com cinco títulos paulistas e dois internacionais. As novas gerações viram os nortistas Giovanni e Paulo Henrique Ganso marcar época – ambos de Belém.
Couto Pereira, do Ceará
O Coritiba tem poucos jogadores nordestinos marcantes em sua história, mas está inegavelmente ligado para sempre à região. O imponente estádio Major Antônio do Couto Pereira carrega o nome do cearense ex-presidente do clube, que comandou a obra de ampliação do antigo Belfort Duarte.
A diferença para o rival Atlético é que o rubro-negro tem muitos nordestinos em suas fileiras. O já citado Oséas é um nome inesquecível, mas os alagoanos Flávio e Adriano “Gabiru”, campeões brasileiros em 2001 com o maranhense Kléber botaram a desejada estrela dourada na camisa atleticana.
Kléber, do Maranhão
Gabiru também é ídolo do Internacional, campeão do Mundo em 2006. Fez o histórico gol contra o poderoso Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, com passe do cearense Iarley. O Inter, fundado por dois imigrantes paulistas, tem no nordeste a jogada de sua principal conquista.
A imagem abaixo ilustra a história gremista, gravada por gerações após o Grenal decisivo de 1977:
André Catimba, da Bahia
Muito do reconhecimento do Grêmio em ser um clube de raça passa por essa imagem, com o baiano André Catimba voando para a glória. O atual deputado e campeão da Libertadores em 1995 Jardel, natural de Fortaleza, é apenas mais um nordestino a ter brilhado no Sul.
Amigo separatista, fanático por futebol, tente esquecer tudo isso. Tente imaginar a história de seu clube, do seu Estado, sem a ajuda destes valorosos nordestinos. E me responda: uma derrota eleitoral, definida pela maioria da população em todo Brasil, valeu mesmo tantas palavras preconceituosas contra essa gente tão brasileira quanto você?
Será o despertar? (Foto: Franklin de Freitas @FranklinJE)
O País do Futebol passou os últimos meses debatendo – pasmem! – política. As redes sociais se tornaram verdadeiras tribunas, todo mundo passou a entender de política como “nunca antes na história deste País”. Partidários ou não, todos se envolveram na disputa. Nem sempre com a melhor informação ou com a melhor das intenções, mas, não neguemos, foi uma grande surpresa ver tanta gente engajada.
Teve quem reclamou. Que não conseguia mais entrar na rede social sem ver ao menos uma mensagem de um dos candidatos. Que não aguentava mais falar de política. Ora!, uma das principais reclamações do Brasil não era aquela que diz que “quando-o-brasileiro-der-mais valor-à-política-que-ao-futebol-o-País-vai-melhorar”? Pois parece que chegou a hora. Motivada, muita gente foi votar hoje com a camisa que mais representa o Brasil, a da Seleção, aquela que só saia do armário de quatro em quatro anos.
Se o debate não foi dos melhores, ele pelo menos aconteceu. Trocamos os erros de arbitragem pelas opções eleitorais nas mesas de boteco, mesmo que por poucas semanas. Houve um festival de desinformação sim, mas houve também interesse em se informar. O filtro virá com o tempo. A democracia no Brasil é nova. Depois de 25 anos de ditadura, temos neste ano, curiosamente, 25 anos de democracia. De 1964 pra cá o brasileiro perdeu e recuperou o direito de votar, e, claro, desaprendeu. A democracia engatinha; de fato, em 2014, ela deu suas primeiras palavras.
Erramos em muitas coisas, a começar pela composição do Congresso Nacional. Falta a compreensão do papel de cada cargo político no cenário nacional. O voto para o deputado é tão ou até mais importante que o para presidente. Quem vencer essa eleição – e se você está lendo este texto depois das 20h de domingo já sabe quem é – vai ter que rebolar para aprovar suas propostas em uma câmara recortada com diversas bancadas “filosóficas” e 28 partidos diferentes. Coligações virão aí, com personagens que poderiam estar fora do cargo, mas foram reconduzidos ao poder por um povo que ainda se guia por aparências ou pelo “santinho” achado no chão. “Alguém tem um deputado aí para indicar?”, ainda pergunta o incauto.
Tal qual no futebol, ainda temos uma visão um tanto quanto míope do cenário nacional num todo. Se há um privilégio de exibição de dois ou três clubes no Brasileirão, enquanto muitos outros têm público e potencial, na política tivemos uma corrida bipolar. Figuras bem distintas, é verdade, mas outras tantas propostas diferentes se apresentaram sem o mesmo eco. A discussão aconteceu, mas superficial. Convenhamos, quem aí também leu os planos de governo? Somos poucos.
Ainda assim há o que se comemorar. O principal será o respeito pelo direito ao voto. O derrotado certamente fará uma oposição ferrenha – tomara que inteligente, aprovando o que de fato for bom para o Brasil – nos próximos anos. Também terá que aceitar a derrota. O debate foi instituído. Nas próximas, tenho certeza, o eleitor passará a se informar mais sobre a necessidade de se votar bem para vereador, deputados, senador; passará a conhecer tanto as qualidades do zagueiro central do seu time quando da figura central escolhida pelo partido para representar um grupo de poder que governará os Estados e o País. Pelo menos é o que o cenário atual indica.
A despeito dos boatos e dos militantes cegos, o povo parece ter pego gosto pelo debate político. Agora é melhorar. E quem sabe finalmente o futebol passe a ser mesmo “somente” a mais importante entre as menos importantes coisas do Mundo.
O final de semana será decisivo no Brasil. Na verdade, nesse tipo de disputa, a posição é ganha dia após dia. Mas é inegável que o momento do embate direto é o que conta. Por isso, quando o mineiro de azul encarar a força vermelha, dada a situação apresentada até aqui, estaremos provavelmente vendo quem de fato será o número 1 no País.
Muito aconteceu até aqui para que o quadro se desenhasse assim. Antes do duelo azul e vermelho, uma terceira força se apresentou bem como opção. Parecia que iria desbancar a força mineira, mas acabou cercada por todos os lados, até por gente da mesma origem. Perdeu espaço para os pequenos após se sobressair aos azuis. Pode ainda surpreender, mas parece cada dia mais que a polarização nesse 2o turno será mesmo entre antigos rivais, que decidiram a parada no passado.
No âmbito estadual também há bons duelos. No Paraná, por exemplo, o mais velho encara o mais novo num cenário desfavorável para ambos. Um anda extremamente desgastado, apesar de um passado que lhe dá respaldo. Ninguém – ou quase ninguém – acredita mais na força do mais antigo nessa disputa. Isso porém não o descarta como possível vencedor nesse final de semana. Afinal o mais novo também não passa confiança, apesar de estar à frente. A juventude e a inexperiência têm sido adversárias deste concorrente. Instável, tem méritos e deficiências que confundem quem o avalia, sem saber ao certo se entrega realmente tudo o que promete.
Essa disputa ainda tem um gaúcho atrevido e um verde que ganhou destaque nessa semana. O primeiro passou a incomodar surpreendentemente vencendo algum descrédito. O segundo chamou a atenção já na quinta, com uma postura firme num embate isolado sobre um tema indigesto. Além destas decisões, outras em menor escala vão desenhar todo o panorama para o futuro. Posições importantes no cenário nacional, com representatividade em todo o Brasil, que podem melhorar a imagem do País no exterior.
Assim, quando Cruzeiro e Inter jogarem no Mineirão, o futuro do Brasileirão estará em jogo. Como em 1976, quando decidiram o campeonato. O São Paulo, terceiro colocado, espera pelo tropeço do líder, mas já não se apresenta como o protagonista para a briga pelo título. Perdeu para o Corinthians, deixou pontos em Curitiba e com Flamengo e Fluminense. Na outra metade da tabela, Coritiba e Atlético fazem um clássico longe dos olhos da grande mídia, mas cheio de rivalidade. Atleticanos e coxas, especialmente os primeiros, esperavam estarem em melhor situação. O que ambos encaram é menos do que gostariam e mais complicado do que parece. O centenário Coxa quer deixar a lanterna e buscar alívio nesse segundo turno; o renovado Furacão não quer nem pensar em prorrogar a disputa contra a queda. Pouco pra quem pensou em G4.
O Grêmio recebe o São Paulo pra seguir vencendo o descrédito em seu time e principalmente em seu técnico. Falar em título pode ser utópico, mas a despeito do trabalho anterior na Seleção, ninguém pode negar que Felipão acertou o time. Já o Palmeiras finalmente goleou na competição, fazendo 4-2 na abertura da rodada em cima da Chapecoense, na briga contra o indigesto Z4. A rodada ainda tem gente brigando no meio da tabela, sonhando com Libertadores e se dividindo com a Sul-Americana, num momento em que o futebol brasileiro vive total descrédito aos olhos internacionais. Pontos corridos são assim, cada rodada é decisiva. Nesse final de semana não será diferente.