O Inter não vai extinguir o time Sub-23, motivo de críticas à diretoria do clube desde sua criação, ao contrário do que se imaginou com a divulgação, há poucos dias, da integração da equipe que iniciou o Gauchão. Pelo menos é o que garante o diretor de futebol colorado, Luís César Souto de Moura, em entrevista por telefone. O dirigente irá atender o Terra TV nesta sexta (26/04), às 11h da manhã, ao vivo. Os internautas poderão acompanhar a entrevista e fazer perguntas.
Nesta semana, Dunga acompanhou um coletivo entre reservas e o Sub-23. A ideia foi selecionar alguns jogadores que possam ser úteis ao elenco principal. Apesar de contrariar todos os indícios, o diretor foi enfático: “Não acabou.”
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Moura contou que o projeto já teve um momento de oscilação desde sua criação em 2004, com o então presidente Fernando carvalho. “O projeto era ter um grupo de jogadore pra teste, que se pudesse ter jogadores do principal quando voltando de lesão e dar ritmo. Na época o técnico não abraçou”, diz, sem confirmar ser o treinador na época era Muricy Ramalho, Joel Santana ou Lori Sandri. “Mas o Inter continuou com o projeto, chamamos de Inter B.” Na prática, Dunga vai ficar com todos do grupo, incluindo uma comissão técnica maior.
Para Moura, a mudança mesmo é outra. “Nós decidimos fazer um corte: jogador com 20 anos não é mais base, é profissional. E fizemos o corte por faixa etária.” Assim sendo, ele explica, “O Sub-23 tem um grupo pequeno de jogadores, mais ou menos uns dez. Onze já estavam abaixo de 20 anos e o restante já integrado aos reservas. Então, integramos todos.”
Outro problema para o Sub-23 colorado é a falta de calendário. O Inter descarta usar o time novamente em uma competição inteira. “Nós já fizemos uma vez, em 2007, depois de ganhar o Mundial. A experiëncia não foi legal. A equipe não foi bem no Gaucho e lá pelas tantas era o Internacional que estava no campeonato, não o S23. No ano seguinte tentamos de novo, fomos jogar a Copa Dubai e acabou deixando o Sub-23, mas enfim, as alternativas não foram boas. Retomamos o projeto original que é de reforçar o profissional.” Trocando em miúdos, o Sub-23 será como um estágio. E aí vem a grande crítica ao projeto.
Há quem diga que o Sub-23 nada mais é que uma vitrine para empresários valorizarem jogadores com a camisa do Inter. Moura contesta apontando uma vantagem: “Isso acontece sempre [as críticas], em todos os clubes. Com o Inter é um pouco diferente porque temos um padrão. Por jogador lá requer que o cara dê pelo menos 50% dos direitos. Então é uma forma também do clube captar jogadores de forma barata.”
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