Um representa uma mudança da água para o vinho, numa relação conturbada, mas que reposicionou o status quo do Furacão nacionalmente; outro é um ídolo em campo, que saiu jovem e se consagrou fora do Coxa, mas voltou trazendo consigo um orgulho imenso de ter escolhido o clube do coração em detrimento de propostas melhores.
Na história recente do Atlético, ninguém é mais importante que Mário Celso Petraglia.
Na história recente do Coritiba, ninguém é mais importante que Alex.
No domingo, ambos vão voltar a disputar um Atletiba. Será também um choque de ideais: a tentativa de Alex em ser campeão pela primeira vez com a camisa alviverde contra a estratégia de Petraglia em preterir o Estadual por uma pré-temporada. Com isso, mandará uma equipe Sub-23 para o jogo. Alex é midiático, atrai atenções; Petraglia é avesso à mídia – desde que ela o questione.
Alex simboliza o Coritiba de hoje melhor do que qualquer outra pessoa. Petraglia é o homem a frente do Atlético, gostem ou não, concordem ou não – e esse é exatamente o seu estilo. Eles já se encontraram antes.
Em 1995 ambos começaram a ganhar notoriedade. Alex deixou o Coxa no início de 1997, em tempo de disputar dois Atletibas pelo Estadual. Rodou o Mundo: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Parma, Fenerbahçe. Petraglia foi presidente do Atlético de 1995 a 1998, deixando o cargo para Nelson Fanaya, Ademir Adur e o campeão brasileiro Marcus Coelho. Voltou em 2002, dividindo a presidência com João Augusto Fleury da Rocha, deixando o clube em 2008, depois de eleger – e romper – com Marcos Malucelli. Voltou no ano passado.
Ambos têm vantagem nos duelos contra o rival. Domingo, um em campo, outro nos bastidores, escreverão mais uma página desta rivalidade sem fim.
*Somente partidas pelo Coritiba