O estádio, parte 178
A CBF indicou a Vila Capanema para três jogos do Atlético na Série B. Acertou no atacado, errou no varejo. Não há solução fácil para a questão, pendente – acredite! – desde 2007, quando a Arena confirmou-se sede da Copa-14. O acerto da CBF: o Atlético é parceiro da entidade, da Fifa e do Estado na realização do evento. Sim, se propôs a isso e terá benesses inegáveis. Tem ainda ônus que tem pago sozinho, como se fosse dono do evento (não é, embora a classe política omissa faça questão de referendar isso). O Atlético precisa jogar em algum estádio e em Curitiba. A política é o que pega.
No varejo…
O erro é a escolha do local. A Vila está com o gramado ruim e abrigará 10 jogos em 25 dias, incluindo uma data conflitante em dois jogos do Paraná, em 09/06: encontros com o Guaratinguetá e o Grêmio Metropolitano – palmas à FPF, que não antecipou a B local. Com as chuvas na cidade não haverá gramado que resista. A obrigatoriedade, movida pela falta de diálogo, também é motivo de revolta. Com base entre outras coisas no gramado, o Coritiba ganhou ação no TJD-PR para não alugar compulsoriamente o Couto Pereira que, de fato, era o melhor local para abrigar o Atlético.
Desejo, necessidade, vontade
O Paraná promete ir à justiça para valer sua visão. O Atlético é concorrente direto na Série B e lhe dar abrigo é lhe dar força. No Estadual, o Coxa fez isso. A intenção da CBF ao escolher a Vila, induzida pela FPF, foi clara: preferiu rusga com o Tricolor que com o Coxa. E irá sempre proteger seu parceiro na Copa, não tenha dúvidas. Talvez o Paraná não tenha a mesma força política do Alviverde, mas a novela está longe de acabar. Em um mundo ideal, Coxa e Atlético se acertariam, fariam promoções nos planos de sócios; o Coritiba ganharia valorização nos espaços publicitários do Couto, movimentando a praça mais que apenas uma vez por semana. Bom para os donos de lanchonetes do estádio. Rivais em campo, parceiros fora dele, com inteligência. Certo?
Manual prático de política
Errado. A falta de diálogo é o principal problema. Até essa semana, o público só soube uma versão da história. Mário Petraglia, presidente do Atlético, só se manifestou recentemente, em carta – sem contestações. Há quem assuma como verdade absoluta. Há muita verdade, mas, sem troca de idéias, é mono. Atitudes truculentas e impositivas distanciaram qualquer acordo. A rivalidade besta também: o Atlético jogou N vezes inteira no Couto; o São Paulo FC é tricampeão do Mundo alugando o Morumbi aos rivais. Mas se Petraglia, com seu estilo, não consegue nem agregar sua própria gente, iria conseguir fazê-lo com coxas e paranistas?
Em campo
Copa do Brasil: Coxa passa pelo Vitória, mas 0-0 fora não é tão bom como se supõe. Não pode tomar gols hoje. Precisa jogar mais que em Porto Alegre. Atlético em São Paulo é zebra, só vitória ou empate com mais de três gols. Zebras acontecem, mas eu não apostaria, embora será ótimo ver ambos nas semifinais.
Napoleão, o que precisa ficar claro é que 90% do motivo do Coritiba não locar o estádio tem por culpa o petraglia. A forma de agir deste, ofendendo e querendo se impor numa parceria não permite outra reação daquela tomada pelo Coritiba.
Veja, ao invés de primeiro negociar, foi tentar a locação imposta (pela FPF e a CBF). Depois diz que não seria o CAP a pagar o aluguel (não precisa nem dizer nada) e não aceita os valores de contraproposta. Depois vai na mídia e ofende o Coxa (falando em golfinho; detonando a arbitragem; dizendo que o Coxa faz parte do Si$tema e que só é campeão por isto, desmerecendo todos os títulos do alviverde).
* pior ouvir desse sujeito as reclações sobre esquema de arbitragem e Si4tema quando anos atrás todos sabem quem foi pego nuns e$quemas).
A arrogância e prepotência desta pessoa é largamente conhecida.
Há muito o Vilson já dizia que a locação deveria passar pelo conselho (portanto o passado por si já desmorona sobre o alegado na carta do petraglia).
Pois bem, tranquilo perceber a quem cabe a maior culpa nesta questão de estádio. A revolta dele se deveu ao fato de ter recebido um não. Ah e não tem como negar que as benesses em favor do CAP também servem de motivo para a negativa. Quanto ao ego megalomaníaco do pet. então….
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Acredito que personalizar tudo no presidente do Atlético é um erro geral, ao qual somos induzidos. A Copa é um evento muito maior, uma oportunidade que levou 64 anos para voltar e pode dar muitas oportunidades a quem é daqui.
Não analisei comportamento pessoal e sim estratégias de gestão e escolhas para o crescimento dos clubes daqui.
Abs!!
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